terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Google Wave – O prelúdio da web 3.0?

http://www.cognitivecombine.com/wp-content/uploads/2009/11/google_wave_logo.png
Há mais ou menos dois meses, o Google lançou, como faz todos os dias, um produto no mercado. Mas, esse não é somente mais um produto. Não segundo o Google, pelo menos. 


Estamos falando do Google Wave, uma ferramenta que promete revolucionar a internet como o e-mail revolucionou anos atrás. 

Ainda em versão beta, o Google Wave já está sendo testado por centenas de milhares de pessoas no mundo. Até então podemos ver uma interface bem clean, mas nem por isso fácil de trabalhar. 

Já existem vários aplicativos que tornam nossa estadia no Wave mais familiar ao nosso mundo da internet, como o do twitter, por exemplo.


Veja como twittar no Google Wave aqui! 

Bom, deixando de lado um pouco as funcionalidades e partindo para o lado intrínseco da coisa, vamos observar cuidadosamente a ferramenta.


Como citado acima, o Google disse que o Wave revolucionaria a internet como o e-mail fez. 

O e-mail assim como o Google Wave é uma ferramenta de comunicação entre usuários. Mas, o Google Wave promete ir além, e servir como um fator de integração entre a web 1.0 e a web 2.0. Ou seja, pegar tudo que até hoje foi considerado como o melhor da internet e trazer tudo para um único ambiente

Perceba que não é uma tarefa fácil. Ser a plataforma principal de TODAS as ferramentas já criadas para a internet é um desafio e tanto e demanda muito cuidado.

O ambiente de integração


Partindo dessa ideia de convergir todas as mídias online para um único ambiente integrador, temos que saber, primeiro de tudo, que esse ambiente deve ser multifacetado

Ora, temos várias ferramentas e vários ambientes diferentes hoje em dia, cada um com seus públicos específicos, e alguns tão nichados que fica difícil ser um ambiente agradável para outras pessoas. 

Sabendo de toda essa dificuldade, como criar um ambiente que consiga reunir todas essas pessoas e agradar ao mesmo tempo? 

Na minha opinião esse é o maior erro deles. Pois, se até hoje não conseguiram achar uma unanimidade para nada na vida, o que será que poderá fazer que todos se reúnam em um ambiente para suas atividades. Lembrando que no meio digital é muito mais difícil pela complexidade e pela diferença de nível entre usuários

Uma possível solução para isso é fazer com que cada pessoa possa personalizar seu ambiente da maneira que quiser, com as ferramentas que quiser e o layout que quiser. Não preciso nem dizer que isso é outro desafio. Pois nem só de nerds e geeks vive a internet.


Pense na figura daquele seu familiar que só de ligar o computador tem medo de que exploda e seja desintegrado. Aquela pessoa que quando vai contar para um amigo o site que visitou afirma veementemente que é o www.com.br
Como fazer para que toda essa trupe virtual esteja habilitada a andar com as próprias pernas e criar o seu próprio ambiente?

Web 3.0


Supondo que tudo isso dê certo e o Google consiga criar um ambiente multifacetado que abrigue toda essa população online e caia na graça dos mesmos, aí sim eu acredito que entraremos na época da web 3.0. Uma era digital tão evoluída que vai permitir a todos fazer o que quiserem e como quiserem na hora que quiserem. 

A internet caminha pra isso. A velocidade da informação é cada dia mais importante, por isso a febre das redes sociais e sobretudo do twitter. Estamos prestes a conhecer quem é o gatilho mais rápido da internet. Esse será o precursor, e quiçá o grande imperador dessa nova era de conectividade e integração. O Google deu o primeiro passo. Será que vai chegar na frente? Façam suas apostas...

O Google Wave hoje 

Hoje, o Google Wave apenas esboça o que pretende fazer. Claro que ainda é uma versão beta e ainda não dá para se basear nisso. Mas, a única diferença que vemos hoje é a possibilidade de compartilhar vários conteúdos com uma velocidade maior. Sim, isso já é um bom diferencial. Contudo, a interface é de difícil assimilação, os aplicativos são um tanto quanto complexos para meros mortais como nós. Não há possibilidade de integrar com muitas ferramentas que não sejam do Google. E, sobretudo, a forma escolhida para carregar as mensagens, as ondas, são muito confusas e embaralhadas. 

Vamos esperar o produto final ser lançado e ver se o Google corrige esses problemas, além de melhorar o desempenho quanto ao uso do computador. 

Espero que esse post tenha esclarecido algumas dúvidas. Se você, depois de ler isso, lembrou daquele jogo de tabuleiro tão famoso, o War, talvez não seja mera coincidência...


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A teoria da Mão Invisível!

É famosa a teoria da mão invisível de Adan Smith, que fala sobre como o mercado muda de acordo com a relação da oferta e da demanda, publicada no seu livro "A Riqueza das Nações" no ano de 1776.

Infelizmente, estamos percebendo que a teoria da mão invisível bem poderia ser usada para ilustrar o que acontece no ambiente político brasileiro. Mas, ao invés de falar da oferta e demanda, ela deveria retratar como os governantes desse país conseguem desviar tanto dinheiro público sem ninguém ver.

Vale tudo! Dinheiro na mala, na cueca, até na meia... Depois falam que eles não fazem nada pelo Brasil. Veja como eles estão preocupados com a inovação no país. Somos nós que entendemos mal os pobres coitados. E, pior faz a mídia, que é...
a)preconceituosa
b)ofensiva
c)caluniosa

Quem acompanhou os fatos que ocorreram recentemente sabe do que estou falando e sabe também que isso não é novidade.

Quem é culpado de tudo isso? O sistema? O governo?
Também! Mas, o principal culpado de tudo isso é a formação brasileira, ou melhor, a NÃO formação.
Em um país onde a Educação não está em primeiro, segundo, e nem perto do terceiro plano é difícil você formar uma sociedade ética. E o problema também está nos lares brasileiros. Desde pequeno, o brasileiro é acostumado a fazer "malandragens". Malandros que são, desde crianças começam com maus hábitos e isso vai refletir lá na frente.
Quem pára na vaga de um deficiente e não respeita algumas regras morais da sociedade tem o mesmo perfil da pessoa que rouba um banco, bate carteira ou promove um mensalão, mensalinho, ou qualquer outra denominação que preferirem.

 A crise ética também atinge a propaganda. Você acredita em coincidência? Na minha opinião existe sim, mas o que existe em maior é o plágio.
Já que estou falando de política, e isso lembra Lula, que lembra pinga. Vou, citar dois casos com aguardentes brasileiras.


Marca Original: Caninha 51
Marcas "genéricas": Caninhas (21,31,41,61,71,81,91)

http://www.santacruzsupermercados.com.br/imagens/produtos/aguard21.jpg


Marca original: Velho Barreiro 
Marca "genérica": Velho Fazendeiro (não encontrei foto na internet)


Enfim, poderia achar mil exemplos, um mais absurdo que o outro, mas isso não muda, assim como não muda o pensamento do governo em relação ao país, e não muda a cabeça do nosso povo.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

De Universitário para Universitário - 5 dicas para crescer na publicidade!


No mês de maio, eu postei aqui no blog 5 dicas para o universitário que cursa publicidade, falando o que, na minha opinião, pode te ajudar a crescer e se tornar um grande profissional.

Não esperava um retorno tão imediato, mas consegui muitas coisas na minha carreira profissional desde lá. Espero que isso possa ajudar a vocês também.

Não sou nenhum guru da publicidade e nem espero ser, mas acho que essas dicas podem ajudá-los a mostrar um diferencial no mercado. Então, aproveitem!



5 DICAS  ESSENCIAIS PARA O ESTUDANTE DE PUBLICIDADE


1- Você é o primeiro produto a ser vendido.
A sua imagem é a coisa mais importante que você tem. É necessário construir uma identidade desde o início da vida acadêmica e profissional. Então perceba quais são os pontos que você ainda deixa a desejar e trabalhe nisso.

2- Seja mais profissional e menos acadêmico.
Quando se apresentar para alguém, e mesmo na vida cotidiana, mostre mais o seu lado profissional e menos o lado acadêmico. Bolsas e malas do curso, mochilas e outros artefatos que indiquem que você é só mais um estudante são descartáveis.

3- Crie um blog. Mostre o que você tem de melhor.
Um publicitário não sobrevive sem propaganda. De nada adianta você fazer as coisas e não se expressar, não mostrar o seu potencial ao resto das pessoas. Pode ser através de um blog, deviant art, ou até mesmo albúm no orkut. O importante é mostrar aos outros do que você é capaz.

4- Seja comunicativo, não chato!
É muito importante para nossa profissão que sejamos comunicativos. Contudo, ser comunicativo é saber o que falar e como falar, não ser cara-de-pau e falador. Quem fala demais, morre pela boca.

5- Leia, veja, ouça, observe, pense.
Um publicitário sem conteúdo não é um publicitário. Corra atrás. Mantenha-se informado. Leia jornais, revistas, livros. Ouça variadas rádios. Escute músicas diferentes, não somente as que você gosta. Assista televisão, filmes. Veja vídeos na internet. Acesse blogs e portais de conteúdo diversificado. Enfim, faça de tudo para aumentar o seu repertório.

6- Seja crítico, mas com coerência.
Perceba que são seis dicas, e não cinco como eu falei. Então lembre-se: não acredite em tudo que vê por aí. Observe, analise, se informe sobre a confiabilidade do conteúdo, veja se os argumentos são plausíveis, e só então tome aquilo como verdade. Mas cuidado, ser crítico não é achar que tudo é uma porcaria!


Gostou? Compartilhe nas redes sociais. É só usar a Wibiya Toolbar na parte inferior da tela.

A mudança de hábito dos usuários na Internet e como as redes sociais se adaptam a isso





Que a sociedade está em constantes mudanças e evoluindo com o avanço tecnológico todos sabemos. Mas o que chama a atenção é a velocidade com que isso está acontecendo.

A relação tempo x mudanças está se acelerando em um ponto inimaginável. Pegue um livro de história e perceba a linha do tempo da sociedade e como foram agrupadas as mudanças que aconteceram. De milhões de anos, passaram para milhares, centenas e até o século passado, ainda se utilizava o padrão década para analisar as mudanças da sociedade. Hoje em dia, isso tudo está completamente alterado, ao passo que cada dia surgem milhares de novas coisas, que acabam contribuindo na formação do perfil da sociedade.

Para explicar melhor, vou restringir toda essa discussão filosófica a um ponto que vem transformando o modo de pensar de uma coisa ainda considerada nova.
Vamos falar de redes sociais, que é um tema que está em voga.

Há não muito tempo, as redes sociais eram consideradas ameaçadoras, um ambiente não confiável e desfavorável para comunicação no patamar profissional. Agora, o modo de raciocinar redes socias mudou. Todos querem, de algum jeito, estar inseridos nas redes sociais, principalmente as agências de propaganda. É uma coisa que está em alta. É moderno.

Sim, concordo. Entretanto, quem se limita a esse pensamento, corre o sério risco de ser engolido num universo de milhões e milhões de pessoas. A grande sacada da rede social não é simplesmente você disparar uma mensagem e tentar acertar o maior aglomerado de pessoas, achando que isso vai te dar um retorno. Rede social é uma rede que liga pessoas, através de conteúdo. Mas não qualquer conteúdo, e sim um conteúdo que seja relevante para quem está ali.

Dentro de toda essa rede existe uma via de mão dupla que faz a troca de informação, conteúdo, hábitos e tudo que se imagina do universo online e da vida real mesmo. Essa via é o que guia a evolução dentro da web 2.0. Vejam que o crescimento das redes socias aconteceu dessa forma. No momento em que as pessoas começaram a se sentir excluídas e fora de tudo que é atual. Então houve essa necessidade social de aderir a essas ferramentas para se manter atualizado e participar de grupos. Isso é o que Elisabeth Noelle-Neuman já falava desde a década de 60 com a teoria da Espiral do Silêncio.

Mas, isso não é tudo. Ao passo que as pessoas se adaptam aos meios e mudam a sociedade, os meios também se adaptam de forma a ter um multiálogo (acabei de inventar) mais eficiente.

Para exemplificar melhor, vou dar dois exemplos, do orkut e do twitter.

O orkut tinha grande adesão, mas não era suficiente. Eles notaram que estava tendo muito ruído no meio de toda essa comunicação. Não era mais um ambiente cômodo para a maioria. Logo, mudaram o layout, fizeram um puta case de divulgação e o principal foi a forma de pensar essa integração. O novo orkut se baseou muito na forma de pensar do twitter.

Mesmo o twitter sendo a sensação que é, percebeu que estava perdendo foco. As pessoas entravam e ficavam inativas, não sabiam o que fazer. Através de pesquisas, detectaram que as pessoas falam mais sobre o que está acontecendo, e gostam de saber disso e não apenas o que seu amigo está fazendo.

Partindo disso, eles mudaram a pergunta "What are you doing?" para "What's happening?".

Um simples detalhe, que muita gente ainda nem viu, que por trás esconde toda uma cadeia de transformações sociais e a forma de raciocinar os grupos e as interações que fazem.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Steventrevistando - Carlos Henrique Vilela (CHMKT)


 [banner+entrevistas+rei+da+midia.jpg]
Ele é Planner da Tom Comunicação, em Belo Horizonte, MG. Formado em Publicidade e Propaganda pela PUC Campinas e tem uma especialização em Marketing pela FDC.

Ainda não descobriu de quem estou falando?

Bem, ele é autor do CHMKT, um dos maiores blogs de publicidade e marketing do Brasil.

Agora ficou fácil, né?

A entrevista hoje é com o Carlos Henrique Vilela. Ele, que surgiu para se tornar um grande nome de planejamento no país, com uma ascenção incrível que conseguiu com o blog.
Sem mais bla, bla, bla. Espero que gostem da entrevista.


RDM: Você já trabalhou de redator, gerente de marketing e atualmente está ocupando o cargo de planner na Tom Comunicação em BH. Como foi esse caminho que você percorreu? O que te levou a migrar de área?


CH Vilela:
Na verdade, sempre fui planner. O planejamento é mais do que uma simples função, e sim um modelo mental, baseado no pensamento estratégico. Como redator, fiquei alguns meses apenas e logo fui para o planejamento. Já como gerente de marketing, meu trabalho foi, na essência, o mesmo que faço atualmente: transformar comportamentos. Foram aprendizados incríveis.

Planejar envolve um entendimento profundo das pessoas. Atuando como redator eu pude entender melhor um dos meus públicos, que é o da criação, assim como no marketing eu pude conhecer um pouco do cliente (empresa) e também mais sobre o consumidor.

RDM: E quando você descobriu essa paixão por planejamento e definiu que era isso mesmo o que você queria?

CH Vilela: Comecei a buscar esse caminho ainda na faculdade, após ler o livro do Jon Steel, A Arte do Planejamento - que recomendo a todos, inclusive.

RDM: Hoje em dia, você é dono de um dos blogs mais acessados por estudantes de publicidade e marketing, sobretudo os que desejam seguir a carreira de planner. Quando criou o blog, você esperava obter o sucesso que conseguiu?

CH Vilela:
O blog surgiu de uma vontade de conhecer coisas novas e gente nova. A proposta do CHMKT é reunir, em um só lugar, opiniões diversas – muitas vezes distintas – não só sobre planejamento, mas sobre a comunicação como um todo. Como profissional de comunicação, gosto de comunicar. Além disso, sou extremamente curioso. Por isso mesmo, o blog é mais uma forma de satisfação pessoal do que qualquer outra coisa.

Na época da faculdade, eu tive um blog chamado Marketing, Propaganda & Rock ‘n’ Roll, que falava também de música.

Quanto ao sucesso que você comentou, quando escolhi trabalhar com comunicação, é porque gosto de ser ouvido, então é uma tremenda satisfação saber que milhares me ouvem todos os dias. Essa receptividade do blog foi totalmente esperada. Comecei com uma estratégia para que ele se tornasse cada vez mais lido, e continuo respondendo às exigências do “mercado” sem abrir mão, logicamente, da filosofia inicial. Só não esperava que fosse tão rápido.

RDM: Ainda sobre o blog. Você disse que ele lhe trouxe muitas coisas boas, além de reconhecimento. Quais foram as principais mudanças que o blog trouxe para a sua vida? Você aconselha as pessoas a fazerem o mesmo, criar um blog e partir para a luta?


CH Vilela: O que mudou, e me deixa muito satisfeito, é que hoje converso com profissionais do mundo inteiro, alguns renomados, inclusive. Isso me ajuda muito, pois é uma troca de ideias riquíssima.

Se eu recomendo que todos bloguem, isso vai depender dos objetivos e expectativas de cada um. Se isso for agregar à vida pessoal ou profissional e tornar essas pessoas mais felizes, é uma boa.

RDM: CH, como você observa as mudanças no mercado publicitário com a ascensão das novas mídias? Você acha que os formatos clássicos de propaganda passam por um momento de fragilidade e algumas podem até acabar sendo extintas?

CH Vilela: Na verdade, precisamos de uma mudança na forma de pensar. Quando dizemos formatos clássicos, temos a visão de que possuímos um número x de opções para utilizar e pronto. Na visão do planejamento, a perspectiva muda. A ideia é conhecer o target a fundo e, a partir daí, identificar as melhores maneiras de interagir com eles. A própria ideia passa a ser o meio. Se algumas das chamadas mídias tradicionais forem a melhor maneira para um caso específico, não há problema nenhum. Se o necessário for criar um novo formato de mídia, ótimo!

Por exemplo: se precisarmos contar uma boa história para um público amplo, dificilmente termos algum ponto de contato mais poderoso do que a TV, pelo menos aqui no Brasil – portanto é complicado dizer que esses meios serão extintos. A única coisa fragilizada nesse contexto é o pensamento tradicional de “meios”. Esse sim deve ser extinto. Ou então levará à extinção aqueles que ainda o tem.


RDM: Uma tendência que vem ganhando força ultimamente é a de integrar mídia e tecnologia. Com um aparelho é possível fazer várias coisas: ver TV, ouvir música, ligar, tirar fotos... Você acredita na integração completa entre as mídias? Se isso acontecer, você acredita que pode haver uma fusão ainda maior entre publicidade e entretenimento?


CH Vilela: Essa integração vem ocorrendo. Hoje mesmo vi uma peça da Pepsi em parceria com a CBS que conseguiu inserir um vídeo dentro de uma revista. È fantástico ver coisas desse tipo. No entanto, o raciocínio da resposta anterior vale aqui também. Se for a melhor forma de interagir, ótimo. Agora, precisamos ter cuidado, pois se a tendência é ir nessa direção, é sinal de que é que todos o farão. Pra diferenciar, muitas vezes precisamos fazer o caminho oposto.


RDM: Qual a dica que você dá para os estudantes de publicidade e os iniciantes na área que desejam seguir planejamento?


CH Vilela: A dica que dou é a seguinte. Conheça a si mesmo. Há inúmeras ferramentas para isso: análise, terapia, coaching, etc. Assim, fica fácil identificar o que te fará feliz, o que você tem de melhor a oferecer, ajuda na escolha do melhor caminho pessoal e profissional, você passa a conhecer seus pontos fortes e pontos a desenvolver, entre outros tantos benefícios. Fica tudo mais simples, principalmente porque você aprende a lidar com gente. Conhecendo você mesmo, o resto vem como consequência. E isso vale para qualquer pessoa, seja qual for a profissão. 


sábado, 14 de novembro de 2009

Analisando pessoas.


http://psycholoco.files.wordpress.com/2009/03/darth_vader_no_supermercado.jpg 
você entenderá quando chegar ao fim...


A maior dúvida do publicitário antes de colocar uma campanha no ar é: Será que vai dar certo?

Pois bem, a coisa mais concreta que temos para nos basear e fazermos uma projeção mais próxima do real são os dados. Tenham eles vindo de pesquisas, análises ou qualquer outro meio que possa nos dar fatos.

Entretanto, isso não basta para quem quer ir mais longe e implementar uma campanha de sucesso. É necessário mais do que dados anteriores e uma possível projeção. É preciso feeling e vivência.

Ora, uma campanha pode e tem tudo pra dar certo se for muito bem baseada em projeções e planos. Contudo, isso não é garantia de sucesso. Além do que, saiba que todo o mercado está buscando informações dos mesmos lugares, tendo os mesmos referenciais, o que deixa tudo meio padronizado.

Esses tempos atrás, a DM9 lançou uma campanha para a Brastemp com o tema Desobvialize. A campanha mostra como é bom tirar as coisas do óbvio, como as coisas não óbvias podem ser aproveitadas na nossa vida e por fim para o produto deles. 
Mas e que tal desobvializarmos, também, a nossa forma de pensar publicidade?


Temos que observar os consumidores de uma forma diferente. As campanhas que mais tem sucesso hoje em dia, são as que se aproximam mais do consumidor. É o que eu venho defendendo há um bom tempo. Seja relevante!


Já que venho utilizando metáforas para ilustrar minhas ideias, por que não mais uma?


Números são números. Pessoas são pessoas. Quando matemáticos fazem projeções de chances de título para um campeonato ou metereologistas fazem a previsão do tempo, há grande chance de que aquilo aconteça, porém as coisas podem mudar, e MUITO.


Na publicidade é a mesma coisa. A comunicação e a publicidade são áreas HUMANAS. Isso não é apenas uma definição de curso, isso é o alicerce que sustenta toda essa plataforma. Quando falamos de pessoas, temos que saber que cada um é livre para agir e pensar diferente, por isso, temos que nos preparar e descobrir esses comportamentos.


Eu sou do tipo que para em um supermercado e fica analisando as pessoas comprarem. Vejo porque compram, o que compram e como compram.
Para alguns eu sou maluco, para outros também. Mas o fato é: temos que viver e observar como as pessoas se comportam e reagem quando as estimulamos a comprar.


Só entendendo isso é que podemos falar diretamente com o consumidor, sabendo que ele vai nos ouvir e talvez seguir nossa "dica".


segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A crise realmente passou?

Alguns meses depois do ápice da crise mundial, que eclodiu após constantes quebras no setor imobiliário americano, se fala na volta da tranquilidade econômica no cenário nacional e internacional.

Esses dias, eu estava lendo o blog da Mirian Leitão, uma das economistas mais renomadas do país, e vi uma matéria onde ela indagava a mesma coisa, mas fazia a leitura numérica da crise.

Ela fez uma leitura muito inteligente sobre a falsa estabilidade que estamos vendo. Pois a taxa de desemprego ainda está altíssima, e as empresas continuam demitindo pessoas, o que acaba estagnando o crescimento da nossa economia.
Mas, o ponto que quero chegar perpassa o nível da economia e se fixa nas entranhas do nosso país. É a crise cultural. Essa, que chegou e parece não querer acabar mais. Essa, que realmente balança todos os setores, inclusive o da publicidade.

Estamos vivendo uma época onde a cultura está virando exibicionismo. Se perde a noção do belo, do artístico, do conteúdo e se observa muito mais a embalagem que envolve tudo isso. E isso estando embalado, esconde a verdadeira beleza do que deveria se mostrar.

Hoje, é normal ligarmos a televisão e vermos uma profissão ser desvirtuada por falsos “inovadores”.

Para ilustrar melhor o meu ponto de vista, vou utilizar uma figura de linguagem que o nosso tão querido e inteligentíssimo presidente molusco utiliza bastante: a metáfora.


A publicidade, meramente artística, é tão ruim quanto irmos a um show musical e vermos o violeiro tocar a música com o violão nas costas.


Ora, se pago para ver alguém tocar violão, quero ver a pessoa tocar violão e não ver malabarismo com o instrumento.
Da mesma forma, se pago alguém para fazer propaganda para o meu produto ou serviço, quero que ela venda mais, ao invés de fazer daquilo um verdadeiro show de inutilidade.

O que estou querendo dizer é que não esqueçamos o verdadeiro sentido das coisas e o porquê delas existirem. Acho muito bacana usar a criatividade como ferramenta, mas a criatividade não existe por si só.

Criatividade por si só é devaneio.

E, por causa desses falsos Van Goghs da publicidade, vemos a cada dia propagandas mais e mais insanas, onde o objetivo de atrair o consumidor e incentivá-lo a adquirir o produto ou serviço é deixado de lado. Se discordarem do meu ponto de vista, é só observarem que a opção dos anunciantes por trocar de agência está ficando cada vez mais comum.

Em parte, eu dou razão a essa troca. Se a agência não está sendo capaz de suprir as necessidades do cliente, algo está errado e deve ser mudado.
Mas, também há muitos clientes que trocam de agência precipitadamente, pensando apenas no desempenho de curto prazo. E, alguns processos demandam um tempo maior para repassar um conceito, fixar a marca e começar a dar o retorno esperado. A tarefa de explicar isso fica por conta, também, do publicitário.

Portanto, diante de tantos pontos falhos, se alguém disser que a crise passou, ou é muito otimista ou muito míope.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Rei da Social Media - Novas funcionalidades ao blog

Hey, fellas. Como vocês devem ter percebido, o Rei da Mídia está muito mais adaptado as mídias sociais.

Ficou muito mais fácil de levar algo que você gostou para o twitter e/ou facebook. Se você gosta do blog, clique em "Become a Fan" e fique ligado nas novidades do blog do seu próprio perfil no facebook.

Em baixo, uma nova barra, a wibiya toolbar, que vi no BemCapaz e achei muito bom.
Agora, o Rei da Mídia pode ser lido em várias línguas, e a cada postagem você pode twittar e/ou enviar para alguém facilmente, com o link já reduzido.
Bom, não vou contar tudo o que a barra faz, senão perde a graça. Fiquem a vontade para brincar e aproveitar melhor o conteúdo do blog.

sábado, 24 de outubro de 2009

No ar: Vídeo/Entrevista com Sérgio Valente

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Como prometi, essa é uma nova fase do Rei da Mídia, que sempre busca trazer conteúdo relevante pra você.
Para brindar essa nova fase, entrevistei Sérgio Valente, presidente da DM9 DDB e um dos profissionais de criação mais respeitados no mundo.

Aproveite a entrevista e fique ligado nas próximas para mandar sua pergunta.

Parte 1:


Parte 2:



Prêmio Caboré 2009

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Steventrevistando: Sérgio Valente

[banner+entrevistas+rei+da+midia.jpg]

Entrevista com Sérgio Valente, presidente da DM9 DDB para o Steventrevistando será na segunda-feira às 11h. Fique ligado no twitter e acompanhe em tempo real o que está acontecendo.

Quer perguntar ao Sérgio Valente?

Basta seguir meu twitter, acompanhar a entrevista e mandar sua pergunta.


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Social Media - Inovações no Orkut

http://www.virtualizedoffice.com/social_media_marketing.jpg
Cada dia que passa podemos perceber que as mídias sociais ganham mais e mais força, superando os boatos de que seria apenas um modismo.
Agora a novidade é por parte do Orkut, que trouxe um novo serviço de divulgação e promoção.

O serviço é encontrado na aba “promova” no lado esquerdo da tela. Clicando lá podemos escrever uma mensagem e passá-la para a nossa rede de amigos e a dos amigos de nossos amigos.

A mensagem é divulgada exatamente no espaço do box no canto superior direito, o qual também é utilizado para as outras publicidades.

O intuito do serviço é promover eventos e divulgar mensagens para pessoas que tem alguma afinidade social com o emissor. É bem pessoal. Contudo, é uma oportunidade de contato mais informal com nosso target, ao tempo que cada usuário pode potencialmente conseguir uma boa prospecção, obtendo alguns milhares de receptores.

Depois de veiculada a mensagem, o Orkut nos informa do alcance que a mensagem obteve, quantas pessoas viram, quantas pessoas clicaram, quantas passaram a mensagem adiante e quantas simplesmente a excluíram.

Parece mais uma das centenas de ferramentas do orkut, mas essa veio para revolucionar as novas mídias. Além da praticidade e de ser gratuito (haha), essa opção de analisar a eficiência das mensagens em tempo real, mesmo sendo "apenas" um usuário é fantástica.

E constantemente vamos observando esse caminho de mão dupla, onde o emissor se confunde com o receptor e todos podem criar e editar conteúdos, e agora publicidade. Será que estamos perto da democracia digital?

Diretas, já! Mas não para elegermos ALGUÉM, e sim para todos poderem se eleger e ganharem o direito de ser, ter e dizer o que quiser.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Fogo cruzado: Globo x Record

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgk3RPsX7yxdZe1xTydS8eFPLuUBqRLoRzYeUXKxPNkywNGwKkQoFRv980R2NsYYHtcE4cYKt7cAE9D2rv1w5fOASBU9sT72MWE7H4RJp4yprogwCM8mJZkfuuk7b3fjUAnOacwnMN9xFs/s400/globo-x-record.jpg

Pra quem formula teorias de que a TV está sem graça e sem conteúdo que chame atenção, está na hora de rever seus conceitos e acompanhar mais os noticiários.

Além de uma opção de entretenimento, cultura e informação, a TV agora virou palco de uma briga que envolve dois poderes: mídia e igreja.

A igreja, que em outrora já teve seu poder ilimitado e sempre foi inquestionável, agora já não é mais.

A realidade hoje em dia é bem diferente...

Nessa terça-feira, 11, a Rede Globo de Televisão dedicou 10 minutos do seu telejornal mais famoso para uma matéria especial que faz uma denúncia gravíssima a Edir Macedo, fundador da Igreja Universal e presidente da Rede Record entre outros veículos de comunicação.

Veja a matéria exibida no Jornal Nacional.


Como era de se esperar, a Rede Record rebateu as denúncias com acusações à TV Globo e a família Marinho, fundadora da emissora. E durante toda a quarta-feira, as emissoras fizeram uma verdadeira briga, aproveitando os espaços que possuem em seus telejornais.

Veja uma parte da reportagem de resposta da Rede Record no Jornal da Record.


ANÁLISE

Não se pode dizer ainda quem é culpado ou inocente nisso tudo. Mas, é lamentável essa troca de acusações e tentativa de manipulação por parte de ambas as emissoras. Foram muitos minutos ao longo de toda a programação das emissoras dedicadas ao assunto.
Elas envolveram, inclusive, até o poder executivo nessa richa, como mostram os vídeos acima.

Quem perde com tudo isso é a população, que liga a TV em um telejornal esperando ver um conteúdo que sirva para informação e cultura e é obrigada a presenciar tal fato.
É a Agenda Setting entrando em cena e mostrando todo o poder que a mídia tem.

Quem sabe, diante de tudo isso, a população não perceba que de uma forma ou de outra está sendo manipulada e isso sirva para abrir os olhos?
O correto agora não é escolher um lado e acreditar 100% no que é dito, e sim analisar tudo e depois tirar uma conclusão.
Mas, isso infelizmente não passa de um desejo pessoal e provavelmente não estamos próximos do dia em que o povo vai pensar por si só. Afinal, e tão mais prático pegar tudo pronto ao invés de pensar, né?

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Relação Cliente X Agência?

Não. A equação correta é Cliente + Agência = Resultado.

O que mais acontece hoje em dia no mundo da publicidade, sobretudo em esferas menores, é a relação desgastada entre cliente e agência. É um cabo de guerra, onde os dois lados não querem abrir mão do que pensaram previamente. Mas como resolver isso?


A melhor forma é elucidar os problemas existentes na comunicação e tentar definir as metas. Definida as metas, cabe ao atendimento captar o que o cliente deseja e filtrar da melhor maneira.
Aqui é onde acontece a maior falha, na minha opinião.

A primeira conversa é a mais importante. Não se deve prometer ao cliente tudo o que ele deseja sem analisar os prós e contras de tudo isso.
É muito comum um cliente chegar para a agência e dizer, por exemplo: "Eu quero fazer 1 vt, 1 spot e um anúncio de jornal." Achando que por trabalhar com diversas mídias terá um resultado melhor.
Com medo de contrariar o cliente, o atendimento aceita isso e em pouco tempo as peças começam a ser produzidas.

Ora, se o processo fosse assim, não precisaria do setor de planejamento e mídia em uma agência. É trabalho da agência definir estratégias de mídia e pensar qual a melhor forma de comunicar tudo que o cliente deseja.

Se isso não for feito, perde-se muito no processo de criação e isso vai se reverter em prejuízo.

É fato que a maioria dos clientes são exigentes e dificilmente abrem mão do que pensam. E acho que estão certos em ser exigentes. Afinal, é o negócio deles que está em jogo.
Entretanto, deve-se explicar que mais importante do que fazer a comunicação da maneira como eles querem é fazer toda uma análise para gerar retorno e crescimento em suas vendas ou demanda de serviço.

Não se deve bater de frente. As agências existem não somente para criar materiais, e sim para pensar na comunicação em geral visando um objetivo específico. Isso deve ficar claro e deve ser explicado da melhor maneira pra que o cliente tenha o resultado desejado

Para isso, deve-se seguir um modelo de trabalho semelhante ao listado abaixo.

Resumo dos passos que a agência deve seguir

  • Conversa com o cliente.
  • Pesquisa.
  • Filtragem de informações.
  • Planejamento de mídia.
  • Criação / Planejamento estratégico.
  • Apresentação de propostas.
  • Produção.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Entrevista com Thiago Miranda - PARTE II

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RDM: Com a constante evolução da tecnologia, cada vez mais mídias vão trocando de lugar na sociedade, algumas conquistam e outras perdem espaço. Qual é a sua opinião sobre o assunto e qual a tendência para as mídias nos próximos anos?

Thiago: Internet, TV digital e mobile. Essas novas tecnologias mudaram para sempre a maneira como as marcas têm que se comunicar com as pessoas (apesar de achar que a interatividade na TV Digital é papagaiada – principalmente por causa da internet e dos games). Passamos da era dos monólogos, na grande maioria das vezes chatos e intrusivos das marcas, para a era do diálogo e do engajamento. O consumidor agradece - e nós quebramos a cabeça.

RDM: Com a implantação da TV Digital quais serão as principais mudanças no que diz respeito a formatos de propaganda? Você acredita que o merchandising dominará essa mídia?

Thiago: Eu acredito na publicidade como serviço, causa, entretenimento e engajamento. Por isso eu acho que conteúdo relevante, mesmo que seja de alguma marca, será sempre bem-vindo para as pessoas. Elas até pagam por isso. Merchandising é chato e sem graça (pelo menos a grande maioria deles – como conhecemos). Conteúdo não. É entretenimento e engajamento. Muitas marcas já fazem isso. O Burger King está fazendo isso com uma série exclusiva da marca, distribuída só pela internet com a ajuda do Google AdSense e criada pelo Seth MacFarlane (o mesmo criador de Family Guy e American Dad).

A Unilever também criou uma série na internet chamada In The Motherhood, que fez tanto sucesso na rede que hoje em dia faz parte da programação da rede ABC nos EUA.

Eu acredito muito nisso. Criação de conteúdo e anunciantes juntos.
As pessoas só se engajam e participam das coisas por basicamente três motivos: para abraçar uma causa, por afinidade ou por interesse próprio. Isso não vai mudar com a tecnologia. As pessoas não mudam nunca e a tecnologia muda sempre, porém é muito mais difícil entender o ser humano do que a tecnologia. Acho que o grande lance está aí – em entender o ser humano e o seu tempo. Fácil falar e difícil de fazer.

RDM: Que dica você dá para quem está começando agora na publicidade?

Thiago: Se destaque. Arrume uma maneira para se destacar, qualquer coisa. Assim como as marcas, os candidatos a uma vaga em propaganda precisam ser lembrados. Ninguém espera muito de quem está começando, por isso existem várias maneiras de chamar a atenção com pequenos detalhes. Depois de arrumar uma vaga (que provavelmente será uma merda) é só trabalhar e não se conformar. E não desista nunca.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Entrevista com Thiago Miranda - PARTE I

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Nome: Thiago Miranda
Idade: 29 anos
Graduação: Publicidade e Propaganda - FAAP (2002-2005)

Especialização: Bootcamp de Planejamento - Miami Ad School
Área de Atuação na publicidade: Planejamento
Agência em que trabalha: DPZ - Dualibi Petit Zaragoza Propaganda

Agências em que trabalhou: Trade / FC2 / Front 360 / DPZ


RDM: Thiago, você começou atuando em que área da publicidade?

Thiago: Comecei na criação. Quase todo mundo quer trabalhar na criação, e eu não era diferente. Comecei a acompanhar e estudar tutoriais de Photoshop e Illustrator para arrumar um emprego. Fiz uma pasta que hoje dou risada quando vejo.Mas mesmo assim consegui arrumar um estágio em uma agência chamada Trade que fazia os tablóides e flyers para o Wal-Mart. Fiquei um ano e meio nessa correria do varejo. Comecei como estagiário e depois virei assistente de arte. Antes disso ainda cursei dois anos e meio de ADM. Desisti.

RDM: E o que te levou a trabalhar na área de planejamento?

Thiago: Quando comecei não sabia direito o que era planejamento, só fui descobrir realmente do que se tratava no último ano - aliar criatividade com conhecimento e embasamento. Sempre gostei de tentar entender os problemas do cliente, desconfiar de quase tudo que eu ouvia e tentar achar uma outra maneira mais eficaz de fazer as coisas funcionarem. Planejamento também se trata de um processo criativo. Planejamento bom é aquele que a gente não sabe onde ele acaba, e onde começa a criação.Mas pode-se dizer que eu sou um criativo frustrado também.

RDM: Na sua opinião, qual deve ser o perfil de um planner? O que é necessário para se tornar um bom profissional de planejamento?

Thiago: Basicamente curiosidade e inconformismo. Isso vai te levar a entrar de cabeça no brief do cliente e nos seus problemas. Mas não somos pagos só para sermos xeretas. O mais importante é o que fazer quando encontramos alguma coisa valiosa e relevante. Claro que achar essas coisas também não é nada fácil. Por isso ser autêntico e ter opinião também é muito importante. Dizem que planejador tem que ter espírito de porco – eu concordo.

RDM: Thiago, você trabalhou em agências pequenas, médias e grandes, que é o caso da DPZ. Qual é a principal diferença que você aponta na forma de trabalho delas?

Thiago: Basicamente a estrutura. Porque a forma de trabalhar muda sempre, mesmo entre agências grandes. Hoje eu tenho mais acessos a pesquisas e informações, mas isso também não muda muito se a gente não põe a cabeça para pensar. Bom de trabalhar em agências grandes, para um planejador, é que geralmente são elas as principais responsáveis pelas estratégias de comunicação das marcas.

RDM: Em época de crise, como está sendo agora, qual é a principal diferença na hora de pensar numa campanha? É mais difícil analisar o target e criar as estratégias de venda?

Thiago: A principal diferença é a verba. No começo da crise estávamos com medo dos clientes quererem fazer fórmulas manjadas e básicas. Que idéias mais ousadas perdessem espaços para conceitos mais conservadores, apesar de eu achar que a criatividade e o diferente deveriam ser premissas sempre – com crise ou sem crise. Por outro lado, alguns clientes estão aproveitando a pouca verba disponível para utilizar novas plataformas de comunicação. Isso é muito bom. Idéias boas vão provar cada vez mais a eficácia dessas estratégias.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sorry. I can't use it anymore...


Cada dia que passa eu me impressiono com as medidas tomadas pelos engravatados que comandam nosso país. Agora, foi a vez do nosso famigerado governador do estado, o Sr. Roberto Requião.

Na sexta-feira, 17, ele sancionou a Lei 16.177, que proíbe o estrangeirismo nas publicidades veiculadas em todo o estado do Paraná. Ou seja, vários termos já clássicos e recorrentes em propagandas deverão ser extintos, como por exemplo o "OFF".

Segundo o Betinho, essa medida é para valorizar a nossa língua. Assim, o governo protege os consumidores, que poderiam não entender certas expressões.

Entretanto, esse cuidado já é tomado pelas agências de publicidade. Pois, se a comunicação estiver utilizando um signo que não condiz com a bagagem social da população, quem sai perdendo é o anunciante e consequentemente a agência, que estará fazendo um trabalho ineficaz.

Quero aproveitar para expor dois pontos negativos que isso está causando.

O primeiro é que essa lei anda totalmente na contramão da globalização. Em epóca em que todos buscamos novos mercados e fazemos uma troca cultural a fim de abrir novos horizontes e aumentar nosso repertório, essa medida vem para abalar toda essa ideologia de portas abertas. É um pensamento muito pequeno, que observa apenas (e erroneamente) o presente, não se preocupando com o futuro.

O segundo ponto que quero expor é o lado educativo e cultural. Percebam que pessoas que mal sabem ler ou escrever conseguem entender expressões como "50% OFF". Isso é um avanço, um ganho em termos de cultura. Ao invés de regredir, temos que buscar formas de aprender e introduzirmos mais esse cunho educativo e cultural em nosso meio.

Ou agora por existir pessoas analfabetas devemos tirar o texto das publicidades ao invés de investir em educação?

LINGUAGEM E ADAPTAÇÃO

Então, apartir de agora, não estranhem se verem por aí:

"50% FORA" ao invés de "50% OFF";
"INTERNETE" ao invés de "Internet";
"Disco Compacto" ao invés de "CD";
"Disco de Vídeo Digital" ao invés de "DVD";
"Mostra com Disco-Jóqueis" ao invés de "Show com DJs".

E outras aplicações que nem ficam tão ruins, mas que se comunicam pior com seu target público alvo!

Um exemplo são os flyers panfletos de festas com termos em inglês.

"Mulher FREE até meia-noite" terá que se adaptar para "Mulheres não pagam até meia-noite";
"OPEN BAR" terá que se adaptar para "Bebida liberada".

Comentem e respondam a enquete ao lado. Quero saber a opinião de vocês sobre essa lei que me impede até de assinar as peças que crio.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Stand by 2 - Away for a while

Galera, quero pedir desculpas a todos que acompanham o Rei da Mídia pela falta de postagens. Muitas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo e tive que dar um tempo, mas em breve o blog volta com força total. Já estou preparando mais novidades que com certeza vão compensar essa brecha.
As entrevistas também já foram feitas e em pouco tempo estarão disponíveis para saciar suas dúvidas sobre a profissão que você deseja.

Então fiquem ligados aqui. Uma nova fase do Rei da Mídia está por vir.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

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É com muito orgulho que venho anunciar que O Rei da Mídia terá novidades. A partir de hoje, uma série de entrevistas serão feitas com profissionais de diversas áreas da publicidade, que são formados no curso ou em outros, mas que atuam na área. Vou postar semanalmente as entrevistas, ainda não decidi um dia fixo, então fiquem ligados.

Serão entrevistadas pessoas influentes no meio, que estão com carreiras sólidas e muito bem encaminhadas. Pessoas que fazem a diferença por onde passam. Por isso, acompanhem o blog e vejam as entrevistas pois elas serão de grande proveito.

As primeiras entrevistas serão com:
Thiago Miranda, planner da DPZ.
Ciro Bottini, considerado o melhor vendedor do Brasil.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Interatividade na sétima arte.

O cinema nacional está ganhando uma cara nova e pode servir de referência para o exterior. O filme "Escolha Única", produzido e finalizado na cidade de Maringá/PR, está causando um burburinho e atraindo pessoas para os cinemas por apresentar um roteiro interativo.

O FILME

O filme, do cineasta Érico Alessandro, conta a história de Juan, um policial corrupto, que é preso, sendo que durante sua prisão ele é gravemente ferido e hospitalizado. Em coma, Juan entra em contato com um mundo paralelo, em que duas forças antagônicas influenciam as decisões dos humanos através de seus sonhos e se alimentam dos sentimentos dos homens. Quando sai do coma, Juan é julgado e descobre que uma escolha sua pode decidir o destino da Terra.

Quer saber mais sobre o filme? Clique aqui!

A INTERATIVIDADE

Na reta final do longa-metragem acontece uma pequena pausa para que os espectadores possam decidir qual vai ser o final. Aparecem dois números de telefone na tela, onde cada espectador liga gratuitamente do seu próprio celular para um dos números a fim de condenar ou absolver o protagonista. Através de uma enquete super rápida, o filme vai seguir o seu roteiro de acordo com a vontade da maioria.

A idéia é muito interessante. Isso traz um maior envolvimento do filme com o público e possibilita que a pessoa tenha a chance de escolher o final que acha melhor. Quem não se lembra do memorável "Você Decide"? Funciona nos mesmos moldes, mas a diferença é que se você não gostar do final, ou simplesmente quer ver como seria o outro desfecho, você pode ir aos cinemas e assistir novamente, o que na televeisão não acontecia.

PUBLICIDADE E A INTERATIVIDADE NO CINEMA

Quer saber mais sobre o assunto? Veja aqui o case da VOLVO, que fez um game interativo com os espectadores em salas de cinema no Reino Unido. A criação da Y&R é um jogo onde as pessoas devem mover os braços para a esquerda ou para a direita para controlar o caminhão. O conceito da campanha foi "É melhor viver a vida junto".