Bom, deixando de lado um pouco as funcionalidades e partindo para o lado intrínseco da coisa, vamos observar cuidadosamente a ferramenta.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Google Wave – O prelúdio da web 3.0?
Bom, deixando de lado um pouco as funcionalidades e partindo para o lado intrínseco da coisa, vamos observar cuidadosamente a ferramenta.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
A teoria da Mão Invisível!
Enfim, poderia achar mil exemplos, um mais absurdo que o outro, mas isso não muda, assim como não muda o pensamento do governo em relação ao país, e não muda a cabeça do nosso povo.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
De Universitário para Universitário - 5 dicas para crescer na publicidade!
A sua imagem é a coisa mais importante que você tem. É necessário construir uma identidade desde o início da vida acadêmica e profissional. Então perceba quais são os pontos que você ainda deixa a desejar e trabalhe nisso.
2- Seja mais profissional e menos acadêmico.
Quando se apresentar para alguém, e mesmo na vida cotidiana, mostre mais o seu lado profissional e menos o lado acadêmico. Bolsas e malas do curso, mochilas e outros artefatos que indiquem que você é só mais um estudante são descartáveis.
3- Crie um blog. Mostre o que você tem de melhor.
Um publicitário não sobrevive sem propaganda. De nada adianta você fazer as coisas e não se expressar, não mostrar o seu potencial ao resto das pessoas. Pode ser através de um blog, deviant art, ou até mesmo albúm no orkut. O importante é mostrar aos outros do que você é capaz.
4- Seja comunicativo, não chato!
É muito importante para nossa profissão que sejamos comunicativos. Contudo, ser comunicativo é saber o que falar e como falar, não ser cara-de-pau e falador. Quem fala demais, morre pela boca.
5- Leia, veja, ouça, observe, pense.
Um publicitário sem conteúdo não é um publicitário. Corra atrás. Mantenha-se informado. Leia jornais, revistas, livros. Ouça variadas rádios. Escute músicas diferentes, não somente as que você gosta. Assista televisão, filmes. Veja vídeos na internet. Acesse blogs e portais de conteúdo diversificado. Enfim, faça de tudo para aumentar o seu repertório.
6- Seja crítico, mas com coerência.
Perceba que são seis dicas, e não cinco como eu falei. Então lembre-se: não acredite em tudo que vê por aí. Observe, analise, se informe sobre a confiabilidade do conteúdo, veja se os argumentos são plausíveis, e só então tome aquilo como verdade. Mas cuidado, ser crítico não é achar que tudo é uma porcaria!
A mudança de hábito dos usuários na Internet e como as redes sociais se adaptam a isso
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Steventrevistando - Carlos Henrique Vilela (CHMKT)
CH Vilela: Na verdade, sempre fui planner. O planejamento é mais do que uma simples função, e sim um modelo mental, baseado no pensamento estratégico. Como redator, fiquei alguns meses apenas e logo fui para o planejamento. Já como gerente de marketing, meu trabalho foi, na essência, o mesmo que faço atualmente: transformar comportamentos. Foram aprendizados incríveis.
Planejar envolve um entendimento profundo das pessoas. Atuando como redator eu pude entender melhor um dos meus públicos, que é o da criação, assim como no marketing eu pude conhecer um pouco do cliente (empresa) e também mais sobre o consumidor.
RDM: E quando você descobriu essa paixão por planejamento e definiu que era isso mesmo o que você queria?
CH Vilela: Comecei a buscar esse caminho ainda na faculdade, após ler o livro do Jon Steel, A Arte do Planejamento - que recomendo a todos, inclusive.
RDM: Hoje em dia, você é dono de um dos blogs mais acessados por estudantes de publicidade e marketing, sobretudo os que desejam seguir a carreira de planner. Quando criou o blog, você esperava obter o sucesso que conseguiu?
CH Vilela: O blog surgiu de uma vontade de conhecer coisas novas e gente nova. A proposta do CHMKT é reunir, em um só lugar, opiniões diversas – muitas vezes distintas – não só sobre planejamento, mas sobre a comunicação como um todo. Como profissional de comunicação, gosto de comunicar. Além disso, sou extremamente curioso. Por isso mesmo, o blog é mais uma forma de satisfação pessoal do que qualquer outra coisa.
Na época da faculdade, eu tive um blog chamado Marketing, Propaganda & Rock ‘n’ Roll, que falava também de música.
Quanto ao sucesso que você comentou, quando escolhi trabalhar com comunicação, é porque gosto de ser ouvido, então é uma tremenda satisfação saber que milhares me ouvem todos os dias. Essa receptividade do blog foi totalmente esperada. Comecei com uma estratégia para que ele se tornasse cada vez mais lido, e continuo respondendo às exigências do “mercado” sem abrir mão, logicamente, da filosofia inicial. Só não esperava que fosse tão rápido.
RDM: Ainda sobre o blog. Você disse que ele lhe trouxe muitas coisas boas, além de reconhecimento. Quais foram as principais mudanças que o blog trouxe para a sua vida? Você aconselha as pessoas a fazerem o mesmo, criar um blog e partir para a luta?
CH Vilela: O que mudou, e me deixa muito satisfeito, é que hoje converso com profissionais do mundo inteiro, alguns renomados, inclusive. Isso me ajuda muito, pois é uma troca de ideias riquíssima.
Se eu recomendo que todos bloguem, isso vai depender dos objetivos e expectativas de cada um. Se isso for agregar à vida pessoal ou profissional e tornar essas pessoas mais felizes, é uma boa.
RDM: CH, como você observa as mudanças no mercado publicitário com a ascensão das novas mídias? Você acha que os formatos clássicos de propaganda passam por um momento de fragilidade e algumas podem até acabar sendo extintas?
CH Vilela: Na verdade, precisamos de uma mudança na forma de pensar. Quando dizemos formatos clássicos, temos a visão de que possuímos um número x de opções para utilizar e pronto. Na visão do planejamento, a perspectiva muda. A ideia é conhecer o target a fundo e, a partir daí, identificar as melhores maneiras de interagir com eles. A própria ideia passa a ser o meio. Se algumas das chamadas mídias tradicionais forem a melhor maneira para um caso específico, não há problema nenhum. Se o necessário for criar um novo formato de mídia, ótimo!
Por exemplo: se precisarmos contar uma boa história para um público amplo, dificilmente termos algum ponto de contato mais poderoso do que a TV, pelo menos aqui no Brasil – portanto é complicado dizer que esses meios serão extintos. A única coisa fragilizada nesse contexto é o pensamento tradicional de “meios”. Esse sim deve ser extinto. Ou então levará à extinção aqueles que ainda o tem.
RDM: Uma tendência que vem ganhando força ultimamente é a de integrar mídia e tecnologia. Com um aparelho é possível fazer várias coisas: ver TV, ouvir música, ligar, tirar fotos... Você acredita na integração completa entre as mídias? Se isso acontecer, você acredita que pode haver uma fusão ainda maior entre publicidade e entretenimento?
CH Vilela: Essa integração vem ocorrendo. Hoje mesmo vi uma peça da Pepsi em parceria com a CBS que conseguiu inserir um vídeo dentro de uma revista. È fantástico ver coisas desse tipo. No entanto, o raciocínio da resposta anterior vale aqui também. Se for a melhor forma de interagir, ótimo. Agora, precisamos ter cuidado, pois se a tendência é ir nessa direção, é sinal de que é que todos o farão. Pra diferenciar, muitas vezes precisamos fazer o caminho oposto.
RDM: Qual a dica que você dá para os estudantes de publicidade e os iniciantes na área que desejam seguir planejamento?
CH Vilela: A dica que dou é a seguinte. Conheça a si mesmo. Há inúmeras ferramentas para isso: análise, terapia, coaching, etc. Assim, fica fácil identificar o que te fará feliz, o que você tem de melhor a oferecer, ajuda na escolha do melhor caminho pessoal e profissional, você passa a conhecer seus pontos fortes e pontos a desenvolver, entre outros tantos benefícios. Fica tudo mais simples, principalmente porque você aprende a lidar com gente. Conhecendo você mesmo, o resto vem como consequência. E isso vale para qualquer pessoa, seja qual for a profissão.
sábado, 14 de novembro de 2009
Analisando pessoas.
Números são números. Pessoas são pessoas. Quando matemáticos fazem projeções de chances de título para um campeonato ou metereologistas fazem a previsão do tempo, há grande chance de que aquilo aconteça, porém as coisas podem mudar, e MUITO.
Para alguns eu sou maluco, para outros também. Mas o fato é: temos que viver e observar como as pessoas se comportam e reagem quando as estimulamos a comprar.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
A crise realmente passou?
Esses dias, eu estava lendo o blog da Mirian Leitão, uma das economistas mais renomadas do país, e vi uma matéria onde ela indagava a mesma coisa, mas fazia a leitura numérica da crise.
Ela fez uma leitura muito inteligente sobre a falsa estabilidade que estamos vendo. Pois a taxa de desemprego ainda está altíssima, e as empresas continuam demitindo pessoas, o que acaba estagnando o crescimento da nossa economia.
Mas, o ponto que quero chegar perpassa o nível da economia e se fixa nas entranhas do nosso país. É a crise cultural. Essa, que chegou e parece não querer acabar mais. Essa, que realmente balança todos os setores, inclusive o da publicidade.
Estamos vivendo uma época onde a cultura está virando exibicionismo. Se perde a noção do belo, do artístico, do conteúdo e se observa muito mais a embalagem que envolve tudo isso. E isso estando embalado, esconde a verdadeira beleza do que deveria se mostrar.
Hoje, é normal ligarmos a televisão e vermos uma profissão ser desvirtuada por falsos “inovadores”.
Para ilustrar melhor o meu ponto de vista, vou utilizar uma figura de linguagem que o nosso tão querido e inteligentíssimo presidente molusco utiliza bastante: a metáfora.
A publicidade, meramente artística, é tão ruim quanto irmos a um show musical e vermos o violeiro tocar a música com o violão nas costas.
Ora, se pago para ver alguém tocar violão, quero ver a pessoa tocar violão e não ver malabarismo com o instrumento.
Da mesma forma, se pago alguém para fazer propaganda para o meu produto ou serviço, quero que ela venda mais, ao invés de fazer daquilo um verdadeiro show de inutilidade.
O que estou querendo dizer é que não esqueçamos o verdadeiro sentido das coisas e o porquê delas existirem. Acho muito bacana usar a criatividade como ferramenta, mas a criatividade não existe por si só.
E, por causa desses falsos Van Goghs da publicidade, vemos a cada dia propagandas mais e mais insanas, onde o objetivo de atrair o consumidor e incentivá-lo a adquirir o produto ou serviço é deixado de lado. Se discordarem do meu ponto de vista, é só observarem que a opção dos anunciantes por trocar de agência está ficando cada vez mais comum.
Em parte, eu dou razão a essa troca. Se a agência não está sendo capaz de suprir as necessidades do cliente, algo está errado e deve ser mudado.
Mas, também há muitos clientes que trocam de agência precipitadamente, pensando apenas no desempenho de curto prazo. E, alguns processos demandam um tempo maior para repassar um conceito, fixar a marca e começar a dar o retorno esperado. A tarefa de explicar isso fica por conta, também, do publicitário.
Portanto, diante de tantos pontos falhos, se alguém disser que a crise passou, ou é muito otimista ou muito míope.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Rei da Social Media - Novas funcionalidades ao blog
sábado, 24 de outubro de 2009
No ar: Vídeo/Entrevista com Sérgio Valente
Para brindar essa nova fase, entrevistei Sérgio Valente, presidente da DM9 DDB e um dos profissionais de criação mais respeitados no mundo.
Aproveite a entrevista e fique ligado nas próximas para mandar sua pergunta.
Parte 1:
Parte 2:
Prêmio Caboré 2009
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Steventrevistando: Sérgio Valente
Quer perguntar ao Sérgio Valente?
Basta seguir meu twitter, acompanhar a entrevista e mandar sua pergunta.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Social Media - Inovações no Orkut
Agora a novidade é por parte do Orkut, que trouxe um novo serviço de divulgação e promoção.
O serviço é encontrado na aba “promova” no lado esquerdo da tela. Clicando lá podemos escrever uma mensagem e passá-la para a nossa rede de amigos e a dos amigos de nossos amigos.
A mensagem é divulgada exatamente no espaço do box no canto superior direito, o qual também é utilizado para as outras publicidades.
O intuito do serviço é promover eventos e divulgar mensagens para pessoas que tem alguma afinidade social com o emissor. É bem pessoal. Contudo, é uma oportunidade de contato mais informal com nosso target, ao tempo que cada usuário pode potencialmente conseguir uma boa prospecção, obtendo alguns milhares de receptores.
Depois de veiculada a mensagem, o Orkut nos informa do alcance que a mensagem obteve, quantas pessoas viram, quantas pessoas clicaram, quantas passaram a mensagem adiante e quantas simplesmente a excluíram.
Parece mais uma das centenas de ferramentas do orkut, mas essa veio para revolucionar as novas mídias. Além da praticidade e de ser gratuito (haha), essa opção de analisar a eficiência das mensagens em tempo real, mesmo sendo "apenas" um usuário é fantástica.
E constantemente vamos observando esse caminho de mão dupla, onde o emissor se confunde com o receptor e todos podem criar e editar conteúdos, e agora publicidade. Será que estamos perto da democracia digital?
Diretas, já! Mas não para elegermos ALGUÉM, e sim para todos poderem se eleger e ganharem o direito de ser, ter e dizer o que quiser.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Fogo cruzado: Globo x Record
Além de uma opção de entretenimento, cultura e informação, a TV agora virou palco de uma briga que envolve dois poderes: mídia e igreja.
A igreja, que em outrora já teve seu poder ilimitado e sempre foi inquestionável, agora já não é mais.
A realidade hoje em dia é bem diferente...
Nessa terça-feira, 11, a Rede Globo de Televisão dedicou 10 minutos do seu telejornal mais famoso para uma matéria especial que faz uma denúncia gravíssima a Edir Macedo, fundador da Igreja Universal e presidente da Rede Record entre outros veículos de comunicação.
Veja a matéria exibida no Jornal Nacional.
Como era de se esperar, a Rede Record rebateu as denúncias com acusações à TV Globo e a família Marinho, fundadora da emissora. E durante toda a quarta-feira, as emissoras fizeram uma verdadeira briga, aproveitando os espaços que possuem em seus telejornais.
Veja uma parte da reportagem de resposta da Rede Record no Jornal da Record.
Não se pode dizer ainda quem é culpado ou inocente nisso tudo. Mas, é lamentável essa troca de acusações e tentativa de manipulação por parte de ambas as emissoras. Foram muitos minutos ao longo de toda a programação das emissoras dedicadas ao assunto.
Elas envolveram, inclusive, até o poder executivo nessa richa, como mostram os vídeos acima.
Quem perde com tudo isso é a população, que liga a TV em um telejornal esperando ver um conteúdo que sirva para informação e cultura e é obrigada a presenciar tal fato.
É a Agenda Setting entrando em cena e mostrando todo o poder que a mídia tem.
Quem sabe, diante de tudo isso, a população não perceba que de uma forma ou de outra está sendo manipulada e isso sirva para abrir os olhos?
O correto agora não é escolher um lado e acreditar 100% no que é dito, e sim analisar tudo e depois tirar uma conclusão.
Mas, isso infelizmente não passa de um desejo pessoal e provavelmente não estamos próximos do dia em que o povo vai pensar por si só. Afinal, e tão mais prático pegar tudo pronto ao invés de pensar, né?
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Relação Cliente X Agência?
O que mais acontece hoje em dia no mundo da publicidade, sobretudo em esferas menores, é a relação desgastada entre cliente e agência. É um cabo de guerra, onde os dois lados não querem abrir mão do que pensaram previamente. Mas como resolver isso?
A melhor forma é elucidar os problemas existentes na comunicação e tentar definir as metas. Definida as metas, cabe ao atendimento captar o que o cliente deseja e filtrar da melhor maneira.
Aqui é onde acontece a maior falha, na minha opinião.
A primeira conversa é a mais importante. Não se deve prometer ao cliente tudo o que ele deseja sem analisar os prós e contras de tudo isso.
É muito comum um cliente chegar para a agência e dizer, por exemplo: "Eu quero fazer 1 vt, 1 spot e um anúncio de jornal." Achando que por trabalhar com diversas mídias terá um resultado melhor.
Com medo de contrariar o cliente, o atendimento aceita isso e em pouco tempo as peças começam a ser produzidas.
Ora, se o processo fosse assim, não precisaria do setor de planejamento e mídia em uma agência. É trabalho da agência definir estratégias de mídia e pensar qual a melhor forma de comunicar tudo que o cliente deseja.
Se isso não for feito, perde-se muito no processo de criação e isso vai se reverter em prejuízo.
É fato que a maioria dos clientes são exigentes e dificilmente abrem mão do que pensam. E acho que estão certos em ser exigentes. Afinal, é o negócio deles que está em jogo.
Entretanto, deve-se explicar que mais importante do que fazer a comunicação da maneira como eles querem é fazer toda uma análise para gerar retorno e crescimento em suas vendas ou demanda de serviço.
Não se deve bater de frente. As agências existem não somente para criar materiais, e sim para pensar na comunicação em geral visando um objetivo específico. Isso deve ficar claro e deve ser explicado da melhor maneira pra que o cliente tenha o resultado desejado
Para isso, deve-se seguir um modelo de trabalho semelhante ao listado abaixo.
- Conversa com o cliente.
- Pesquisa.
- Filtragem de informações.
- Planejamento de mídia.
- Criação / Planejamento estratégico.
- Apresentação de propostas.
- Produção.
terça-feira, 28 de julho de 2009
Entrevista com Thiago Miranda - PARTE II
RDM: Com a constante evolução da tecnologia, cada vez mais mídias vão trocando de lugar na sociedade, algumas conquistam e outras perdem espaço. Qual é a sua opinião sobre o assunto e qual a tendência para as mídias nos próximos anos?
Thiago: Internet, TV digital e mobile. Essas novas tecnologias mudaram para sempre a maneira como as marcas têm que se comunicar com as pessoas (apesar de achar que a interatividade na TV Digital é papagaiada – principalmente por causa da internet e dos games). Passamos da era dos monólogos, na grande maioria das vezes chatos e intrusivos das marcas, para a era do diálogo e do engajamento. O consumidor agradece - e nós quebramos a cabeça.
RDM: Com a implantação da TV Digital quais serão as principais mudanças no que diz respeito a formatos de propaganda? Você acredita que o merchandising dominará essa mídia?
Thiago: Eu acredito na publicidade como serviço, causa, entretenimento e engajamento. Por isso eu acho que conteúdo relevante, mesmo que seja de alguma marca, será sempre bem-vindo para as pessoas. Elas até pagam por isso. Merchandising é chato e sem graça (pelo menos a grande maioria deles – como conhecemos). Conteúdo não. É entretenimento e engajamento. Muitas marcas já fazem isso. O Burger King está fazendo isso com uma série exclusiva da marca, distribuída só pela internet com a ajuda do Google AdSense e criada pelo Seth MacFarlane (o mesmo criador de Family Guy e American Dad).
A Unilever também criou uma série na internet chamada In The Motherhood, que fez tanto sucesso na rede que hoje em dia faz parte da programação da rede ABC nos EUA.
Eu acredito muito nisso. Criação de conteúdo e anunciantes juntos.
As pessoas só se engajam e participam das coisas por basicamente três motivos: para abraçar uma causa, por afinidade ou por interesse próprio. Isso não vai mudar com a tecnologia. As pessoas não mudam nunca e a tecnologia muda sempre, porém é muito mais difícil entender o ser humano do que a tecnologia. Acho que o grande lance está aí – em entender o ser humano e o seu tempo. Fácil falar e difícil de fazer.
RDM: Que dica você dá para quem está começando agora na publicidade?
Thiago: Se destaque. Arrume uma maneira para se destacar, qualquer coisa. Assim como as marcas, os candidatos a uma vaga em propaganda precisam ser lembrados. Ninguém espera muito de quem está começando, por isso existem várias maneiras de chamar a atenção com pequenos detalhes. Depois de arrumar uma vaga (que provavelmente será uma merda) é só trabalhar e não se conformar. E não desista nunca.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Entrevista com Thiago Miranda - PARTE I
Nome: Thiago Miranda
Idade: 29 anos
Graduação: Publicidade e Propaganda - FAAP (2002-2005)
Especialização: Bootcamp de Planejamento - Miami Ad School
Área de Atuação na publicidade: Planejamento
Agência em que trabalha: DPZ - Dualibi Petit Zaragoza Propaganda
Agências em que trabalhou: Trade / FC2 / Front 360 / DPZ
RDM: Thiago, você começou atuando em que área da publicidade?
Thiago: Comecei na criação. Quase todo mundo quer trabalhar na criação, e eu não era diferente. Comecei a acompanhar e estudar tutoriais de Photoshop e Illustrator para arrumar um emprego. Fiz uma pasta que hoje dou risada quando vejo.Mas mesmo assim consegui arrumar um estágio em uma agência chamada Trade que fazia os tablóides e flyers para o Wal-Mart. Fiquei um ano e meio nessa correria do varejo. Comecei como estagiário e depois virei assistente de arte. Antes disso ainda cursei dois anos e meio de ADM. Desisti.
RDM: E o que te levou a trabalhar na área de planejamento?
Thiago: Quando comecei não sabia direito o que era planejamento, só fui descobrir realmente do que se tratava no último ano - aliar criatividade com conhecimento e embasamento. Sempre gostei de tentar entender os problemas do cliente, desconfiar de quase tudo que eu ouvia e tentar achar uma outra maneira mais eficaz de fazer as coisas funcionarem. Planejamento também se trata de um processo criativo. Planejamento bom é aquele que a gente não sabe onde ele acaba, e onde começa a criação.Mas pode-se dizer que eu sou um criativo frustrado também.
RDM: Na sua opinião, qual deve ser o perfil de um planner? O que é necessário para se tornar um bom profissional de planejamento?
Thiago: Basicamente curiosidade e inconformismo. Isso vai te levar a entrar de cabeça no brief do cliente e nos seus problemas. Mas não somos pagos só para sermos xeretas. O mais importante é o que fazer quando encontramos alguma coisa valiosa e relevante. Claro que achar essas coisas também não é nada fácil. Por isso ser autêntico e ter opinião também é muito importante. Dizem que planejador tem que ter espírito de porco – eu concordo.
RDM: Thiago, você trabalhou em agências pequenas, médias e grandes, que é o caso da DPZ. Qual é a principal diferença que você aponta na forma de trabalho delas?
Thiago: Basicamente a estrutura. Porque a forma de trabalhar muda sempre, mesmo entre agências grandes. Hoje eu tenho mais acessos a pesquisas e informações, mas isso também não muda muito se a gente não põe a cabeça para pensar. Bom de trabalhar em agências grandes, para um planejador, é que geralmente são elas as principais responsáveis pelas estratégias de comunicação das marcas.
RDM: Em época de crise, como está sendo agora, qual é a principal diferença na hora de pensar numa campanha? É mais difícil analisar o target e criar as estratégias de venda?
Thiago: A principal diferença é a verba. No começo da crise estávamos com medo dos clientes quererem fazer fórmulas manjadas e básicas. Que idéias mais ousadas perdessem espaços para conceitos mais conservadores, apesar de eu achar que a criatividade e o diferente deveriam ser premissas sempre – com crise ou sem crise. Por outro lado, alguns clientes estão aproveitando a pouca verba disponível para utilizar novas plataformas de comunicação. Isso é muito bom. Idéias boas vão provar cada vez mais a eficácia dessas estratégias.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Sorry. I can't use it anymore...
Na sexta-feira, 17, ele sancionou a Lei 16.177, que proíbe o estrangeirismo nas publicidades veiculadas em todo o estado do Paraná. Ou seja, vários termos já clássicos e recorrentes em propagandas deverão ser extintos, como por exemplo o "OFF".
Segundo o Betinho, essa medida é para valorizar a nossa língua. Assim, o governo protege os consumidores, que poderiam não entender certas expressões.
Entretanto, esse cuidado já é tomado pelas agências de publicidade. Pois, se a comunicação estiver utilizando um signo que não condiz com a bagagem social da população, quem sai perdendo é o anunciante e consequentemente a agência, que estará fazendo um trabalho ineficaz.
Quero aproveitar para expor dois pontos negativos que isso está causando.
O primeiro é que essa lei anda totalmente na contramão da globalização. Em epóca em que todos buscamos novos mercados e fazemos uma troca cultural a fim de abrir novos horizontes e aumentar nosso repertório, essa medida vem para abalar toda essa ideologia de portas abertas. É um pensamento muito pequeno, que observa apenas (e erroneamente) o presente, não se preocupando com o futuro.
O segundo ponto que quero expor é o lado educativo e cultural. Percebam que pessoas que mal sabem ler ou escrever conseguem entender expressões como "50% OFF". Isso é um avanço, um ganho em termos de cultura. Ao invés de regredir, temos que buscar formas de aprender e introduzirmos mais esse cunho educativo e cultural em nosso meio.
Ou agora por existir pessoas analfabetas devemos tirar o texto das publicidades ao invés de investir em educação?
Então, apartir de agora, não estranhem se verem por aí:
"50% FORA" ao invés de "50% OFF";
"INTERNETE" ao invés de "Internet";
"Disco Compacto" ao invés de "CD";
"Disco de Vídeo Digital" ao invés de "DVD";
"Mostra com Disco-Jóqueis" ao invés de "Show com DJs".
E outras aplicações que nem ficam tão ruins, mas que se comunicam pior com seu
Um exemplo são os
"Mulher FREE até meia-noite" terá que se adaptar para "Mulheres não pagam até meia-noite";
"OPEN BAR" terá que se adaptar para "Bebida liberada".
Comentem e respondam a enquete ao lado. Quero saber a opinião de vocês sobre essa lei que me impede até de assinar as peças que crio.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Stand by 2 - Away for a while
Então fiquem ligados aqui. Uma nova fase do Rei da Mídia está por vir.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
É com muito orgulho que venho anunciar que O Rei da Mídia terá novidades. A partir de hoje, uma série de entrevistas serão feitas com profissionais de diversas áreas da publicidade, que são formados no curso ou em outros, mas que atuam na área. Vou postar semanalmente as entrevistas, ainda não decidi um dia fixo, então fiquem ligados.
Serão entrevistadas pessoas influentes no meio, que estão com carreiras sólidas e muito bem encaminhadas. Pessoas que fazem a diferença por onde passam. Por isso, acompanhem o blog e vejam as entrevistas pois elas serão de grande proveito.
As primeiras entrevistas serão com:
Thiago Miranda, planner da DPZ.
Ciro Bottini, considerado o melhor vendedor do Brasil.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Interatividade na sétima arte.
Quer saber mais sobre o filme? Clique aqui!
Na reta final do longa-metragem acontece uma pequena pausa para que os espectadores possam decidir qual vai ser o final. Aparecem dois números de telefone na tela, onde cada espectador liga gratuitamente do seu próprio celular para um dos números a fim de condenar ou absolver o protagonista. Através de uma enquete super rápida, o filme vai seguir o seu roteiro de acordo com a vontade da maioria.
A idéia é muito interessante. Isso traz um maior envolvimento do filme com o público e possibilita que a pessoa tenha a chance de escolher o final que acha melhor. Quem não se lembra do memorável "Você Decide"? Funciona nos mesmos moldes, mas a diferença é que se você não gostar do final, ou simplesmente quer ver como seria o outro desfecho, você pode ir aos cinemas e assistir novamente, o que na televeisão não acontecia.
Quer saber mais sobre o assunto? Veja aqui o case da VOLVO, que fez um game interativo com os espectadores em salas de cinema no Reino Unido. A criação da Y&R é um jogo onde as pessoas devem mover os braços para a esquerda ou para a direita para controlar o caminhão. O conceito da campanha foi "É melhor viver a vida junto".