terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Como anda a cabeça do consumidor em 2011?

O ano começou, o salário mínimo aumentou, mais pessoas migraram para a classe C e tudo está a mil maravilhas, certo?
Nem tanto!

Estou vendo uma avalanche de otimismo nessa semana quanto a situação econômica do Brasil. Acho importante. Acreditar em um futuro melhor na maioria das vezes é o que pauta muitas mudanças. Entretanto, esse otimismo é acompanhado pela cegueira e comodismo, o que acaba agravando ainda mais a situação do país e estagnando a economia.

Se por um lado tivemos um aumento no salário mínimo (5,8%), tivemos o aumento do preço da cesta básica em mais de 10%(chegando a 22% de aumento em algumas regiões). Tivemos também uma taxa de inadimplência crescendo 6,3% em 2010 (maior que 2009 com a crise), o que significa que as pessoas não estão conseguindo se livrar das dívidas e consequentemente isso irá refletir nas vendas em 2011.

O meu ponto é: tem coisas boas e ruins acontecendo todo o tempo. Não estou defendendo ou criticando esse otimismo excessivo e muito menos contestando o ritmo econômico brasileiro. A minha intenção é mostrar os dois lados da moeda e tirar aprendizados sobre o comportamento do consumidor para 2011.

Sabendo desses números, o que podemos esperar na mudança de comportamento dos consumidores para esse ano? Consumidores mais receosos na compra? Um crescimento tímido nas vendas? Ou outros fatores podem entrar no jogo e melhorar a situação do mercado brasileiro?

APOSTA PARA 2011


Ainda é cedo para afirmar isso, mas minha aposta esse ano é na expansão das vendas online, coletivas e não-coletivas .

Se os consumidores estão se acomodando cada vez mais, as formas de comercialização que se adequam a esse novo consumidor tendem a crescer na mesma proporção.

Conversando com alguns lojistas, acompanhando o modelo de compras coletivas no Brasil e observando a entrada de empresas consagradas no comércio online, é visível que consumidores e vendedores estão mais acostumados a esse tipo de transação.

Antes o problema era a confiabilidade, mas esse problema hoje já está bastante minimizado com depoimento de milhões de consumidores que tiveram experiências positivas.

Somado a isso, os sites de compra coletiva estimularam o sentimento de fechar um bom negócio que vinha se perdendo nas negociações no PDV, devido a burocracia das grandes redes que alegam não poder mais dar descontos fora da tabela prevista.

Com melhores condições para o consumidor fazer sua compra, ele se sente mais a vontade para fazer novas aquisições, mas preocupa-se em manter seus pagamentos em dia para não ser privado desses benefícios no futuro.

Esse novo pensamento gera uma tranquilidade maior nas empresas, que podem continuar melhorando as condições de venda e assim dar continuidade nesse ciclo.

Muitas dessas empresas, inclusive, já estão fazendo análises mais profundas sobre seus consumidores via pesquisas de mídias sociais e outras ferramentas como NPS (Net promoter Score). - Assunto para um próximo post.

Para as agências o negócio e ficar de olho nessa mudança de comportamento e, mais do que nunca, ser amigo do seu consumidor (tratando com muito respeito e sendo transparente) e parceiro do seu cliente.

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